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Insegurança, o desafio nosso de cada dia

Não deixe esse sentimento tomar conta de você
Quando éramos apenas crianças, nossos pais assumiam a frente daquilo que precisávamos fazer. Eles eram nossos tutores e em todas as nossas necessidades ou dúvidas nós recorríamos a eles.
Hoje, muitas vezes, hesitamos diante de uma situação quando queremos nos arriscar em algo novo. Seja numa troca de emprego ou numa nova atividade profissional, seja na compra de uma casa ou em qualquer outra situação, que possa acarretar uma escolha definitiva, nossos temores certamente vão aflorar. Com isso, a preocupação e o medo de perder aquilo que já foi conquistado impedem a pessoa de viver uma nova experiência.
Quando consideramos algum tipo de mudança em nossa vida significa que não nos sentimos completamente felizes na condição atual. A falta de perspectiva ou algum outro tipo de insatisfação nos levam a cogitar a possibilidade de sair da comodidade que vínhamos vivendo. Mas, ainda assim, a nossa insegurança nos prende àquilo com o que estávamos acostumados ou nos fazia nos sentir seguros.

Assista: "Confie seus problemas a Deus", com Eliana Ribeiro 
http://youtu.be/c7ji3cNwhK4 

Dentro de um relacionamento, alguém inseguro nunca se sente confortável, pois o temor constante de perder a quem conquistou faz com que ele acabe tentando controlar, acirradamente, os passos de quem ama. Entretanto, há quem viva no extremo desse mal e, da sua insegurança exacerbada, nutre o ciúme. Na tentativa de proteger-se daquilo que assombra seus pensamentos, a pessoa insegura formula para a outra com quem se relaciona quase que um inquérito se a vê conversando com alguém ou se, por um contratempo, o encontro agendado é cancelado ou simplesmente adiado.
Acredito que todos nós, em vários momentos, já sentimos os efeitos da falta de segurança. Embora conheçamos o nosso potencial para realizar algo novo, sempre nos pegamos avaliando as possibilidades dos acontecimentos, caso estes não atinjam o resultado esperado. Pois, sabemos que, de alguma maneira, todas as nossas atitudes acabam apontando para um novo direcionamento de nossa vida.  Diante das incertezas ou do conhecimento sobre as consequências de uma ação  o medo nos freia.

Uma pessoa insegura se torna facilmente influenciada por outras por esperar delas a validação de seus atos. A insegurança talvez seja um dos maiores desafios que precisamos lutar para controlar.

Podemos nos aconselhar com pessoas mais experientes sobre determinado assunto, ou até mesmo saber a opinião daquele com quem nos relacionamos sobre nossos objetivos, mas cabe a nós assumirmos a responsabilidade dos compromissos que queremos abraçar.

A confiança é um processo gradual e lento
que vem acompanhada do amadurecimento. Precisamos trabalhar para conquistá-la, pois é com essa virtude que aprenderemos a enfrentar os desafios impostos pela vida.

Foto Dado Moura
contato@dadomoura.com
Dado Moura é membro aliança da Comunidade Canção Nova e trabalha atualmente na Fundação João Paulo II para o Portal Canção Nova como articulista. Autor do livro Relações sadias, laços duradouros
Outros temas do autor: www.dadomoura.com
twitter: @dadomoura
facebook: www.facebook.com/reflexoes

fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?id=&e=12737




Com Judas ou com Pedro?

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O Domingo de Ramos é a única ocasião, em todo o ano, em que se escuta por inteiro o relato evangélico da Paixão. O que mais impressiona, lendo a paixão segundo Marcos, é a relevância que se dá à traição de Pedro. Primeiro é anunciada por Jesus na Última Ceia; depois se descreve em todo seu humilhante desenvolvimento.

Esta insistência é significativa, porque Marcos era uma espécie de secretário de Pedro e escreveu seu Evangelho unindo as recordações e as informações que lhe chegavam precisamente dele. Foi, portanto, o próprio Pedro quem divulgou a história de sua traição. Fez uma espécie de confissão pública. Na alegria do perdão encontrado, a Pedro não importou nada seu bom nome e sua reputação como líder dos apóstolos. Quis que nenhum dos que posteriormente caíssem como ele ficasse desesperado.

É necessário ler a história da negação de Pedro paralelamente à da traição de Judas. Também esta é pré-anunciada por Cristo no cenáculo, depois consumada no Horto das Oliveiras. De Pedro lê-se que Jesus voltou-se e “olhou” para ele (Lc 22, 61); com Judas fez mais ainda: beijou-o. Mas o resultado foi bem diferente. Pedro, “saindo, rompeu a chorar amargamente”; Judas, saindo, foi enforcar-se.

Estas duas históricas não estão fechadas; prosseguem, afetam-nos de perto. Quantas vezes temos de dizer que fizemos como Pedro! Nós nos vimos na situação de dar testemunho de nossas convicções cristãs e preferimos nos fechar para não correr perigos, para não nos expor. Dissemos, com os fatos ou com nosso silêncio: “Não conheço esse Jesus de quem vós falais”.

Igualmente a história de Judas, pensando bem, não nos é alheia. O padre Primo Mazzolari teve uma pregação famosa uma Sexta-Feira Santa sobre “nosso irmão Judas”, fazendo ver como cada um de nós poderia ter estado em seu lugar. Judas vendeu Jesus por trinta denários, e quem pode dizer que não o traímos às vezes até por muito menos? Traições, certo, menos trágicas que a sua, mas agravadas pelo fato de que nós sabemos, melhor que Judas, quem é Jesus.

Precisamente porque as duas histórias afetam-nos de perto, devemos ver o que marca a diferença entre uma e outra: por que as duas histórias, de Pedro e de Judas, acabam de modo tão diferente. Pedro arrependeu-se do que havia feito, mas Judas também teve remorsos, tanto que gritou: “Traí sangue inocente!”, e devolveu os trinta denários. Onde está então a diferença? Só em uma coisa: Pedro teve confiança na misericórdia de Cristo, Judas não!

No Calvário, de novo, ocorre o mesmo. Os dois ladrões pecaram igualmente e estão manchados de crimes. Mas um maldiz, insulta e morre desesperado; o outro grita: “Jesus, lembra-te de mim quando estiveres em teu reino”, e se Lhe ouve responder: “Eu te asseguro: hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23, 43).

Viver a Páscoa significa viver uma experiência pessoal da misericórdia de Deus em Cristo. Uma vez uma criança, à qual se lhe havia relatado a história de Judas, disse com o candor e a sabedoria das crianças: “Judas equivocou-se de árvore para enforcar-se: elegeu uma figueira”. “E o que deveria ter elegido?”, perguntou-lhe surpresa a catequista. “Devia ter-se colocado no colo de Jesus!”. Tinha razão: se tivesse se colocado no colo de Jesus para pedir-lhe perdão, hoje seria honrado como é São Pedro.

Conhecemos o antigo “preceito” da Igreja: “Confessar-se uma vez ao ano e comungar ao menos na Páscoa”. Mais que uma obrigação, é um dom, um oferecimento: é aí onde a nós é oferecida a ocasião para nos “colocarmos no colo” de Jesus 


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por Frei Raniero Cantalamessa, Pregador do Vaticano *
 
  Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael

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Em hebraico (mal’ak) e em grego (ánghelos), anjo significa “enviado”, “mensageiro”, ou seja, “missionário de Deus”.

Sabemos – por ensinamento de Santo Tomás de Aquino, o “Doutor Angélico” – que os anjos se dividem em três hierarquias, cada uma composta por nove coros. A terceira hierarquia, composta pelos serafins, querubins e tronos, é a mais “privilegiada”, os anjos que a compõem vivem ao redor do trono de Deus, contemplando sua glória e cantando seus louvores. Pela luz que é comunicada a eles, vinda do trono de Deus, são instrumentos de aperfeiçoamento das demais hierarquias.

Os anjos da segunda hierarquia povoam os espaços celestes (cf. Ef 6,12). Encontram-se entre o céu e a terra. Ajudam a melhor governar o mundo e combatem as hierarquias infernais. São, portanto, grandes defensores da humanidade. Essa hierarquia é composta pelas dominações, virtudes e potestades.

A primeira hierarquia é composta pelos principados, arcanjos e anjos, que vivem na terra, ao lado dos homens. Os arcanjos são aqueles a quem Deus confia missões extraordinárias da fé e revelações de realidades acima da compreensão humana. Nesse coro encontram-se São Miguel, cujo nome significa “Quem como Deus?” (cf. Ap 12,10), São Rafael, “Deus cura” (cf. Tb 5,4) e São Gabriel, “Força de Deus” (cf. Lc 1,26), cujas festas eram celebradas a 29 de março, a 24 de outubro e a 24 de março respectivamente. Mas o novo calendário reuniu em uma só celebração a festa destes arcanjos, no dia 29 de setembro. Esta data foi escolhida por corresponder à da consagração a igreja dedicada a São Miguel, no século V, a seis milhas da via Salária.

São Miguel
São Miguel, antigo padroeiro da sinagoga, é agora padroeiro de toda a Igreja católica. Chefe dos arcanjos, é a figura angélica mais nobre das Sagradas Escrituras.

Foi cultuado desde os primeiros séculos da história do cristianismo. É venerado por sua coragem no momento da queda dos anjos, em que Lúcifer seduziu um terço dos anjos do céu e, ao querer tomar o trono de Deus, veio Miguel, liderando os dois terços que permaneceram fiéis a Deus, e expulsou satanás e seus anjos decaídos (cf. Ap 12,7-9).

Miguel protege o povo eleito (cf. Dn 10,13), combate contra satanás (cf. Ap 12,7ss), no juízo universal intervirá em favor do povo de Deus (cf. Dn 12,1-2).

Célebre e muito antigos são os santuários a ele consagrados em Puglia (Itália, 491) e em Mont-Saint-Michel (França). Em Roma, foi-lhe dedicado o Mausoléu de Adriano, porque no século VI, enquanto Gregório Magno fazia uma procissão para esconjurar a peste, apareceu em cima do sepulcro do imperador romano Adriano o arcanjo Miguel com a espada levantada e a peste cessou, então o povo passou a chamar o referido Mausoléu de Castelo de Sant’Angelo (Santo Anjo).

Depois, São Miguel auxiliou a alguns santos em sua missão. Citamos como exemplo Santa Joana d’Arc e São Geraldo Magela. Invoquemo-lo nas tentações e dificuldades, para que nos dê coragem de vencê-las e, nos sofrimentos, para que nos conforte.

São Gabriel
Sabe-se pouco sobre este arcanjo, mas sabe-se que Gabriel é anunciador por excelência das revelações divinas. É o anjo das belas e alegres notícias, como o nascimento de João Batista, o precursor, e depois o nascimento de Jesus. Também ele explica ao profeta Daniel como se dará a plena restauração, da volta do exílio ao advento do Messias.

Ele tem um grande prestígio até mesmo entre os maometanos.

São Rafael
São Rafael é citado apenas em um livro da Bíblia. É o acompanhante do jovem Tobias, daí lhe vem a função de guia de todos os que viajam. Ele ainda sugeriu a Tobias o remédio para a cura da cegueira do pai, por isso é invocado como curador e protetor dos farmacêuticos. Também orientou a libertação do demônio que agia no matrimônio de Sara, por isso é invocado como protetor dos casais.

fonte: http://www.comshalom.org/formacao/exibir.php?form_id=5420
Maria Auristela Barbosa Alves

Bibliografia
Festa dos Anjos. Maná, ano 9, n. 41, set/94, pp.37-39, Fortaleza: Shalom.
Menezes, Goretti Bezerra de. As criaturas invisíveis de Deus. Maná, ano 3, n. 6, set/1988, pp. 20-24, Fortaleza: Shalom.
Paiva Filho, Alberto. As criaturas invisíveis de Deus. Maná, ano 4, n. 7, mar/1989, pp. 23-228, Fortaleza: Shalom.
Sgarbossa, Mario e Giovannini, Luigi. Um santo para cada dia. 4 ed. São Paulo: Paulus, 1996.


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por
Comunidade Shalom